Lula afirma que relação com Trump será baseada no respeito e reciprocidade

Brasil pode adotar medidas compensatórias caso EUA aumentem tarifas

por Lázaro Shekinah

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou nesta quinta-feira (30) que sua relação com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, será pautada pelo respeito entre nações soberanas. A declaração foi feita durante uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

Lula ressaltou sua experiência em lidar com líderes de diferentes partidos políticos ao longo de sua trajetória, reforçando que sua postura é guiada pelo interesse nacional. “Já trabalhei com presidentes republicanos e democratas, e a regra sempre foi a mesma: respeito e soberania. Trump foi eleito para liderar os Estados Unidos, e eu fui eleito para governar o Brasil”, declarou.

O presidente também afirmou que, caso os Estados Unidos decidam elevar tarifas sobre produtos brasileiros, o governo brasileiro tomará medidas correspondentes para proteger a economia nacional. “Se houver aumento de tarifas contra o Brasil, responderemos de maneira proporcional. Nossa relação comercial precisa ser equilibrada e justa”, enfatizou.

Lula também criticou a retirada dos EUA do Acordo de Paris e o corte de financiamento à Organização Mundial da Saúde (OMS), considerando tais decisões prejudiciais ao progresso global. “Retroceder em questões como meio ambiente e saúde é um desserviço para a humanidade. Precisamos de cooperação internacional, não de isolamento”, afirmou.

Cenário político nacional

Ao ser questionado sobre a conjuntura política no Brasil, especialmente as eleições para as novas lideranças da Câmara dos Deputados e do Senado, Lula reforçou sua postura de neutralidade. “O Congresso é independente. Quem vencer, eu respeitarei e trabalharei para construir um diálogo produtivo”, declarou.

Na disputa pela presidência da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) desponta como favorito, enquanto o deputado Henrique Vieira (PSOL-RJ) representa a oposição de esquerda. No Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) é apontado como o principal candidato ao comando da Casa.

Lula reafirmou que a estabilidade política depende de uma comunicação eficaz entre o Executivo e o Legislativo. “Nossa estratégia será o diálogo permanente, buscando sempre um entendimento para governar com estabilidade”, concluiu.

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