João Pessoa vive dias de caos com a greve dos motoristas de ônibus, que ignoram descaradamente uma determinação judicial e deixam a população refém de sua irresponsabilidade. Mesmo com a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região (TRT-13), que obriga a circulação de 60% da frota, o sindicato dos motoristas bloqueia garagens e impede a saída dos veículos, mostrando total desrespeito às leis e ao sofrimento da população.
A cidade, que já paga uma das tarifas mais altas do Nordeste, enfrenta agora o agravamento de um transporte público precário. Enquanto trabalhadores perdem seus empregos por não conseguirem chegar ao serviço, estudantes faltam às aulas e pacientes ficam sem acesso a hospitais, os motoristas seguem intransigentes, demonstrando que a sociedade não é prioridade para o sindicato.
O presidente do Sintur-JP, Isaac Júnior, revelou que os ônibus estão sendo impedidos de sair das garagens pelos próprios motoristas. “Essa atitude é um claro desrespeito à ordem judicial e um golpe na população que depende desse transporte para viver”, afirmou. Segundo ele, menos de 45% da frota está em circulação, o que contraria a determinação judicial de 60%.
Enquanto isso, o presidente do sindicato dos motoristas, Rone Nunes, minimiza os impactos, afirmando que a saída dos veículos está acontecendo “aos poucos”. No entanto, a realidade nas ruas é outra: paradas lotadas, revolta da população e um colapso social que afeta diretamente a economia da capital paraibana.
A irresponsabilidade sindical e o desrespeito ao Judiciário
O descumprimento da ordem judicial não é apenas um problema de transporte, mas uma afronta direta ao sistema judiciário paraibano. É inadmissível que, em pleno 2025, um grupo de trabalhadores desafie a lei e ignore os impactos que causam na sociedade. No governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, greves como essa eram inexistentes; já no governo do presidente Lula, estamos vendo um retorno dessas paralisações que jogam a população no caos.
João Pessoa não pode ser refém de um sindicato que não respeita as leis nem o direito de ir e vir de milhões de cidadãos. É uma vergonha para o Judiciário, uma vergonha para o prefeito da cidade e, acima de tudo, uma vergonha para os motoristas que escolhem prejudicar a sociedade em vez de cumprir sua função.
A solução: demissão em massa e novos rumos para o transporte
A única saída para essa crise é uma ação imediata e enérgica. As empresas de ônibus precisam entrar com uma liminar junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir que os motoristas que descumprirem a ordem judicial sejam demitidos por justa causa. Há milhares de motoristas desempregados, dispostos a assumir essas vagas e prestar um serviço digno à população.
Além disso, é necessário regulamentar o transporte alternativo na capital, permitindo que outros profissionais cadastrados na prefeitura possam operar e oferecer um serviço de qualidade à população.
João Pessoa exige respeito. Não há espaço para interesses sindicais que colocam em segundo plano as necessidades de uma cidade inteira. A Justiça precisa agir, e os responsáveis devem ser punidos de forma exemplar. A capital paraibana não pode mais ser refém de irresponsabilidades que afetam diretamente sua economia e o bem-estar de sua população.