Na terça-feira (19) é celebrado o “Dia do Empreendedorismo Feminino”, uma data que destaca a importância de apoiar e reconhecer os negócios liderados por mulheres no Brasil. De acordo com o Sebrae, 67% das empreendedoras no país são mães, um dado que reflete o papel decisivo da maternidade na trajetória empreendedora de muitas mulheres.
Conforme o estudo “Empreendedorismo Feminino”, elaborado pelo Sebrae, a necessidade de conciliar a criação dos filhos com a vida profissional é uma das principais motivações para que mulheres decidam abrir seus próprios negócios. Enquanto 67% das empreendedoras apontam a maternidade como uma influência significativa para o início de suas jornadas empreendedoras, entre os homens, esse índice é de 56%. Além disso, o ambiente de trabalho muitas vezes se mostra pouco acolhedor para as profissionais que são mães: um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que metade das mulheres que têm filhos acabam sendo demitidas até dois anos após a licença-maternidade.
Para Kira Perdigão, publicitária, especialista em marketing humanizado e CEO da Agência Humanize, o empreendedorismo materno representa uma forma de superar esses desafios, oferecendo às mulheres a possibilidade de autonomia financeira e liberdade para conciliar carreira e maternidade. “Acredito que o empreendedorismo nos permite não só a independência, mas também a criação de um negócio que reflete nossos valores e nosso propósito, com a flexibilidade que muitas de nós precisamos para dedicar tempo aos nossos filhos sem abrir mão de um trabalho que nos inspira e gera impacto”, afirma Kira.
Com uma abordagem baseada na humanização, Kira Perdigão utiliza sua experiência como mãe e empreendedora para liderar um negócio que prioriza o relacionamento com os clientes e a valorização das histórias pessoais e profissionais de cada cliente. “Empreender é muito mais do que uma alternativa financeira, é uma maneira de construir algo que tenha sentido e de fortalecer laços com quem valoriza essa essência humanizada”, completa.
A mensagem de Kira Perdigão no mês do Empreendedorismo Feminino é um lembrete do poder transformador do empreendedorismo para as mulheres, especialmente para aquelas que enfrentam os desafios únicos da maternidade, e uma inspiração para que mais negócios surjam com propósito, autenticidade e compromisso com as pessoas.
De acordo com informações do SEBRAE, no Brasil o termo “empreendedorismo materno” foi criado como um um conceito guarda-chuva, englobando negócios e projetos criados por mães que integram a maternidade como parte essencial de suas vidas e utilizam essa vivência como um diferencial estratégico em suas jornadas empreendedoras, abrindo novas oportunidades e espaços no mercado.Refere-se também às iniciativas empreendedoras lideradas por mães que, buscando equilibrar a vida profissional com a maternidade, criam e administram seus próprios negócios. No Brasil, esse conceito ganhou força à medida que muitas mulheres, enfrentando dificuldades de reinserção ou manutenção no mercado de trabalho após a maternidade, encontraram no empreendedorismo uma alternativa para ter mais flexibilidade e controle sobre suas agendas.
Embora nem todas as mães empreendedoras se identifiquem com o termo, ele geralmente representa mulheres que optaram pelo empreendedorismo como um caminho para conciliar a maternidade e o trabalho fora do ambiente corporativo.