Desde que me aprofundei no campo das neurociências, com ênfase nas disciplinas de marketing e arquitetura me sinto fascinada pela intersecção traçada entre neurociência e design. Como o nome sugere, trata-se de uma disciplina que busca entender como o ambiente construído afeta nosso cérebro e comportamento e, para tanto, essa abordagem multidisciplinar combina conhecimentos de neurociência, psicologia, arquitetura e outras tantas áreas do saber, proporcionando uma visão mais holística da influência do ambiente dentro da experiência humana. A ideia é que, ao entender como a mente responde às diferentes configurações, podemos projetar espaços ainda mais eficazes e agradáveis para se viver e trabalhar.
Ao longo da minha jornada, deparei-me com estudos que destacam a influência direta da neuroarquitetura na saúde mental, uma vez que espaços bem projetados promovem bem-estar, auxiliam na redução do estresse e melhoram nossa produtividade. Por exemplo, a presença de luz natural, a escolha da paleta de cores e a disposição o layout impactam positivamente (ou não) em nossos estados de humor e a cognição. Refletindo sobre minha própria experiência, lembro-me de um momento marcante quando adentrei em um edifício com design biofílico, processo que incorpora elementos da natureza em seu interior. A sensação de calma e vínculo imediato com o ambiente foi notável, desvendando a compreensão tangível sobre como a neuroarquitetura molda nossa percepção.
Nos projetos que abraçam os princípios dessa ciência interdisciplinar, a expressividade dos revestimentos em pisos, paredes e a movelaria desempenha um papel vital na criação de ambientes que não apenas agradam esteticamente, como nutrem os sentidos e emoções. Assim, tanto em nosso segmento de atuação, como na construção civil em geral do Brasil, a Roca Brasil Cerámica, pertencente ao Grupo Mexicano LAMOSA e à frente das marcas Roca Cerámica e Incepa, foi pioneira em enxergar a importância de analisar os conceitos de neurociência aplicados na arquitetura. O entendimento da ação que o ambiente físico exerce no cérebro humano nos permitiu desenvolver um portfólio de revestimentos que transcendem a questão da estética.
Nas palestras que realizo em ações promovidas pela Roca Brasil Cerámica, gosto de salientar que aplicação da neuroarquitetura vai muito além do design. Essa abordagem inovadora incorpora os mais diferentes perfis de projetos como os residenciais, corporativos e espaços públicos como instituições de ensino, hospitais e instalações de saúde, hotéis, comerciais e os espaços de cultura e entretenimento.
Para nós, a neuroarquitetura implementada para além das residências reflete uma mudança significativa na maneira como os profissionais de design e arquitetura concebem espaços. À medida que a compreensão da interação entre o ambiente construído e o cérebro humano avança, mais setores reconhecem o potencial que essa ciência exerce para melhorar a qualidade de vida, promover a saúde mental e criar espaços verdadeiramente orientados para o conforto das pessoas.
Entre os tantos aspectos que a envolvem, a biofilia entra no circuito como forma de retratar a afinidade inata que temos com a natureza. Corroborando com o efeito benéfico que senti ao entrar em um edifício que integrou elementos naturais em seu projeto, a incorporação de plantas e recursos naturais não somam apenas no design de interiores, mas está diretamente ligada aos benefícios cognitivos, emocionais e físicos para uma vivência mais saudável e equilibrada.
Você pode me perguntar: como esses insights foram introduzidos nas marcas Roca Cerámica e Incepa? Na área de desenvolvimento da Roca Brasil Cerámica, agregamos a relação entre cores e sensações para ativar o estado de espírito de quem está presente e o entendimento clássico está em saber que, geralmente, tons suaves e naturais resultam em uma atmosfera tranquila e acolhedora, enquanto as cores vibrantes estimulam a criatividade e a energia.
Outro ponto ressalta a busca pelas texturas e a interação tátil, propósito que atingimos por meio de nossa tecnologia Mineral LAB, uma granilha formada por diferentes minerais nobres que é aplicada na superfície dos porcelanatos para reagir ao calor durante a queima das peças. Essa fusão gera uma textura 3D realista e fidedigna à referência original e é uma maneira de despertar diferentes sensações. No tocante ao natural, a introdução de padrões que emulam elementos naturais como madeira, pedra ou vegetação não apenas proporciona um visual atraente, mas também nutre a conexão emocional dos moradores com a natureza.
Por mais detalhados que estejam as questões que abrangem o universo neuroarquitetura, a Roca Brasil Cerámica entendeu que a melhor maneira de as explicitar seria através do Roca NeroLAB, um espaço para dar vida às ideias que impactam positivamente o estilo de morar. Em parceria com o NeuroArq Academy, criamos um laboratório de 145m² cujo objetivo é entregar a experiência interativa através das demonstrações que ativam todos os sentidos humanos e se configurar como um caminho para mostrar como essas questões influenciam as percepções e as decisões dos consumidores.
O futuro da Neuroarquitetura
O campo da neuroarquitetura tem se beneficiado do aumento das pesquisas científicas que exploram a relação entre o ambiente construído e a atividade cerebral. A disponibilidade dessas sólidas informações fortalece a credibilidade dos conceitos da neuroarquitetura e incentiva os profissionais da área a incorporarem essas descobertas em seus projetos. Com base nas apresentações que realizo por todo Brasil, percebo o crescente e ávido interesse que a arquitetura e design de interiores demonstram em elaborar projetos mais humanizados.
Por fim, a visibilidade de projetos que aplicam, com sucesso, os princípios da neuroarquitetura, juntamente com a cobertura midiática positiva, inspira outros profissionais a explorarem essa abordagem. Cases de sucesso destacam como a ela pode ser implementada não apenas com vistas à saudabilidade, mas também quando alinhadas aos valores contemporâneos de responsabilidade ambiental.
Nas minhas fontes constantes de estudo, recomendo a leitura de obras como a “Neuroarchitecture: The New Science of How Buildings and Cities Can Make Us Happy” de Michael Arbib e “The Architecture of Happiness” de Alain de Botton. Ambos os livros oferecem uma visão profunda e acessível sobre este campo emergente da neuroarquitetura.
Sobre a Roca Brasil Cerámica
A Roca Brasil Cerámica, à frente das marcas de revestimentos Roca e Incepa, pertence ao Grupo LAMOSA, empresa mexicana de atuação mundial na fabricação e comercialização de revestimentos cerâmicos e adesivos. Com a aquisição, em 2021, passou a integrar uma história de mais de 130 anos na indústria de materiais de construção, com 33 centros de produção distribuídos em 9 países nas Américas e na Europa. Soma-se também a força do Grupo LAMOSA, que ocupa a posição de líder nos mercados em que participa, sendo o segundo maior fabricante mundial de revestimentos cerâmicos com uma capacidade instalada anual de mais de 280 milhões de m².
Inovação, tecnologia de ponta, alto padrão de qualidade, que se traduz na satisfação total dos nossos clientes, e visão de futuro, aliada com responsabilidade ambiental, norteiam o DNA da Roca Brasil Cerámica e a consolida com a robustez de empresa global reconhecida como referência entre as maiores fabricantes de revestimentos cerâmicos do mundo.
O constante investimento em tecnologia a permite entregar um robusto portfólio que segue as tendências da arquitetura e construção em total conformidade técnica. Marcada por seu pioneirismo e uma visão que projeta o futuro, em 2016 tornou-se a primeira empresa das Américas a adquirir sua primeira supercompactadora Contínua+. Somada ao conhecimento do seu time de desenvolvimento, em 2018 abriu o mercado de Superformatos com revestimentos nas dimensões de 120 x 120 cm, e a partir de 2020 nos tamanhos 100 x 200 cm e 120 x 250 cm, uma verdadeira revolução na indústria cerâmica e no mercado da arquitetura e construção.
Em 2022, saiu à frente mais um marco histórico: a compra de sua segunda supercompactadora – com o início da operação no segundo semestre de 2023 –, alcançando o status de única empresa das Américas com o segundo equipamento. Esse olhar precursor permitiu ampliar as linhas de Superformatos com as medidas de 160 x 160 cm e 160 x 320 cm, capazes de atender, além das obras, o segmento moveleiro.
Sustentabilidade: seu compromisso com o meio ambiente segue alinhado com os processos produtivos: em 2019, tornou-se a primeira indústria nacional de revestimentos cerâmicos a investir na Análise do Ciclo de Vida (ACV), estudo que monitora os impactos de sua produção. Entre as melhorias conquistadas com esse trabalho, entre os anos de 2021 e 2022, estão a redução do consumo de água por m² em 3%; diminuição do consumo de energia em 5%; destinação de 95% dos resíduos gerados nas fábricas para fins nobres (reuso ou reciclagem); extinção do coque de petróleo sendo substituído pela biomassa, um combustível renovável.
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